3 habilidades que você deve desenvolver para exercer a docência.
É indiscutível o papel que o enfermeiro desempenha como docente na enfermagem, mas para isso é preciso desenvolver uma série de habilidades, além das pedagógicas.
Neste artigo vou destacar três. Leia a seguir.
Tenho mencionando constantemente, e você já deve ter lido e até mesmo me ouvido falar nos vídeos do youtube e no instagram, que é primordial que para exercer a docência o enfermeiro desenvolva e/ou aprimore as suas habilidades pedagógicas.
Não é tarefa fácil para o enfermeiro exercer a docência sem ter formação pedagógica inicial e isso acontece com a maioria dos enfermeiros-docentes, principalmente, aqueles que são formados na modalidade de bacharelado.
No entanto, a formação de novos profissionais que comporão a enfermagem no futuro é atribuição dos atuais enfermeiros, mas para exercer essa atribuição de maneira eficiente, formando profissionais preparados para enfrentar todos os desafios do trabalho em enfermagem, é importante que o enfermeiro tenha inúmeras habilidades além das citadas anteriormente.
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Nesse artigo quero te falar de três, dentre tantas habilidades, que também são essenciais para a docência na enfermagem.
1. Habilidades sociais
O primeiro conjunto de habilidades que o enfermeiro deve ter para exercer a docência são as habilidades sociais importantíssimas para a relação entre professor, aluno e demais membros da equipe educativa, como outros professores, diretores, coordenadores e funcionários das instituições educativas.
Dentre as habilidades sociais podemos destacar:
- Colaboração
- Respeito
- Flexibilidade
- Empatia
Tais habilidades serão aplicadas às mais diversas situações durante o exercício da atividade docente. Por exemplo: durante a realização de aulas utilizando metodologias ativas o enfermeiro-docente deve ser capaz de incentivar a colaboração entre os estudantes fomentando assim a troca de conhecimentos.
Além disso, todo docente deve valorizar e estimular a valorização da diversidade, seja de ideias, opiniões, crenças e com respeito estimular o debate saudável e construtivo.
O docente precisa ter flexibilidade. Mas, não confunda isso com “ser bonzinho”. A flexibilidade se refere à capacidade de adequar e adaptar metodologias de ensino de forma que atenda à necessidade de aprendizagem dos estudantes.
De certa maneira, isso também é uma forma de empatia. Esta deve ser aplicada ainda quando o docente identifica, por exemplo, um aluno com dificuldades familiares, financeiras, emocionais. O docente precisa ser capaz de ouvi-lo, acolhe-lo, oferecer e/ou viabilizar apoio emocional, visando o bem estar do estudante e a garantia de menor impacto de tudo isso na sua formação acadêmica.
A docência é uma relação humana e para que o processo de ensino-aprendizagem seja exitoso, ambos, docentes e estudantes, precisam ter habilidade sociais. Cabe ao docente desenvolve-las, aplica-las e também ensina-las aos estudantes.
Por isso, se você está pensando em exercer a docência ou já a exerce, desenvolva e/ou aprimora as suas habilidades sociais.
2. Habilidades de comunicação.
Comunicar-se na docência não é só entrar na sala de aula e expor o conteúdo que será transmitido e pronto! É muito mais que isso! Para ser um excelente enfermeiro-docente o profissional deve desenvolver habilidades de comunicação.
A comunicação, seja ela escrita ou falada, é uma das bases do trabalho docente, pois a todo momento o professor precisa explicar algo, informar claramente sobre atividades e conteúdos, construir e realizar avaliações, etc.
Algumas das habilidades relacionadas à comunicação são:
- Escuta ativa
- Clareza
- Linguagem não-verbal
- Uso de recursos áudio-visuais
- Produções textuais
- Feedbacks e avaliações
É imprescindível ao docente ser capaz de ouvir perguntas e sugestões e responder aos estudantes de maneira educada e respeitosa. Explicar claramente, sejam as atividades a serem feitas, seja no caso da enfermagem, os procedimentos a serem realizados.
Os professores de enfermagem, particularmente, precisam saber em que momento do ensino e como serão aplicados os termos técnicos, pois a depender do momento, a compreensão dos estudantes ficará comprometida por não saberem, AINDA, as terminologias técnicas. Portanto, uma linguagem clara e objetiva é primordial para o êxito na aprendizagem.
TUDO NO PROFESSOR COMUNICA!
E é exatamente porque tudo no professor comunica que, enquanto docente, o enfermeiro precisa observar sua postura no momento de ministrar uma aula, ao conduzir os trabalhos e as discussões. Uma postura ereta, firme, que passe segurança, equilíbrio é o que se espera de um docente.
Cuide das suas vestes, das expressões físicas, dos seus olhares, dos gestuais e, obviamente, da forma de falar, das expressões verbais ou não que usa ao falar.
MANTENHA UMA COMUNICAÇÃO ASSERTIVA!
Você docente precisa atentar-se ainda aos seus materiais áudio-visuais. Como é a comunicação com eles? Têm uma linguagem clara, com objetividade, boa estrutura, boa apresentação?
Costumo ver alunos queixando-se do volume de informações nos slides, por exemplo. Não é uma queixa quanto ao volume de conteúdos ensinados é quanto a estrutura deles, com muito texto, letras pequenas o que torna a aula cansativa e impede o engajamento e envolvimento dos estudantes.
Tudo à volta é mais atrativo para o estudante. Então, para reter a atenção deles, você precisa usar recursos também atrativos. Isso também torna a comunicação por essa via mais eficaz para a aprendizagem.
E para finalizar, o cuidado com a comunicação por meio dos textos, provas, avaliações e feedbacks.
É importante que o docente tenha uma comunicação clara e adequada também ao escrever textos, ao construir questões para atividades e avaliações; e usar linguagem clara e construtiva ao realizar as avaliações de desempenho. Quando você precisa apontar erros, falhas, pontos de melhoria para os estudantes, a forma de comunicar faz toda a diferença entre o aluno aceitar a orientação, a correção e sugestão de melhoria e o aluno reagir mal a tudo isso.
Abaixo deixo uma série de dicas sobre comunicação nestes vídeos que fiz há algum tempo nos stories do instagram. Baixei os vídeos e estou disponibilizando aqui para você. Para mais vídeos assim, acompanhe @prof.aldricandido.
3. Habilidades tecnológicas
É fato que a tecnologia faz parte do nosso dia a dia, seja para atividades corriqueiras como o uso dos eletrodomésticos e utensílios, seja para as coisas mais complexas da vida e, claro, não está fora da sala de aula e nem do contexto do cuidado em saúde.
Portanto, desenvolver habilidades tecnológicas não é importante apenas para a docência na enfermagem, mas também para o próprio trabalho assistencial. E é por isso que, para ser um excelente enfermeiro-docente, você precisa dominar a tecnologia na sala de aula, para além de aplicá-la no processo educacional, ensinar ainda o seu uso no âmbito da assistência em saúde.
Mas aqui neste artigo, vamos focar na habilidade de aplicação da tecnologia no exercício da docência na enfermagem. As principais habilidades tecnológicas são:
- Habilidade de usar bases de dados e de pesquisas científicas
- O uso de tecnologias em sala de aula como, vídeos, jogos educacionais, etc.
- Competência digital para manuseio de computadores, tablets, smartphones, projetores, etc.
- Comunicação virtual: uso de e-mails, video-conferências, etc.
- Uso de softwares educacionais como Power Point, Prezi, etc.
O meu conselho é, se você exerce ou quer exercer a docência em enfermagem busque o desenvolvimento destas habilidades, porque elas darão suporte às suas habilidades pedagógicas e amplificarão as suas habilidades específicas da enfermagem. Não se desespere se você não tem uma ou nenhuma destas habilidades.
LEMBRE-SE: TODAS ESTAS HABILIDADES PODEM SER DESENVOLVIDAS.
Categorias: Carreira Docente, Ensino em Enfermagem, Formação docente
Profissão Docente
Copyright©, Aldrina Cândido.
Enfermeira e Professora de Enfermagem desde o ano 2000, no ensino técnico, superior e pós-graduações, especialista em Formação Pedagógica, Mestre em Gerontologia Social, Doutoranda em Ciências da Educação.
Publicado 19 de Abril de 2023.
