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2 razões que te farão mudar a maneira de pensar a docência na Enfermagem.

Você pensa que a docência não é para enfermeiros? Vou te contar duas razões que te farão mudar a maneira de pensar a docência exercida por profissionais da Enfermagem.

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    Primeira razão: A docência em Enfermagem não é vocação!

    Você já deve ter ouvido de algumas pessoas frases como: “ensinar, está no meu sangue” ou “eu ensino porque gosto e tenho vocação para isso” ou ainda, “eu venho de uma família de professores, portanto, tenho vocação para ser professora”, e outras tantas com o mesmo sentido.

    Esta ideia de que a docência, de modo geral, é uma vocação é um equívoco. E também o é quando se fala de docência na enfermagem. Esta ideia precisa ser desconstruída. 

    É claro que alguns enfermeiros têm uma motivação maior para isso, e esta pode estar relacionada sim à história familiar ou até ser algo natural e característico daquela pessoa. Mas, isso não quer dizer que apenas essa motivação seja suficiente. Outras pessoas creem ter naturalmente habilidades para o ensino. 

    Eu posso te garantir que em nenhum dos dois casos significa dizer que a pessoa tenha todas as habilidades necessárias para ter uma boa postura docente.

    A docência é uma profissão em si mesma, o que quer dizer que, tem seu próprio conjunto de saberes e conhecimentos. A enfermagem possui um outro conjunto de saberes e conhecimentos que não contemplam os da docência, assim como os docência não irão contemplar os da enfermagem.

    Então, porque o enfermeiro, sem formar-se para docência crer que pode ser um docente?

    Uma das respostas a esta pergunta é esta! Pensam ter vocação! E mais, pensam que esta os habilita para ensinar.

    E aqui vemos surgir dois problemas:

    1. O primeiro problema é que o enfermeiro que acha que a docência é vocação nem sempre busca aprender a ser docente. Muitos se apegam ao conhecimento técnico-científico específico da enfermagem e acreditam que ensinando isso está bom. Mas, a questão é: como ensinar isso? Como fazer que o aprendizado seja significativo e eficaz sem lançar mão de habilidades pedagógicas, por exemplo?

    Ensinar não é algo que se faz de forma espontânea, na tentativa e erro, mesmo que você seja muito dedicado e tenha muito conhecimento em enfermagem. É preciso conhecer teorias de aprendizagem, estratégias e técnicas de ensino, metodologias de ensino, estratégias e modalidades de avaliação.

    2. O segundo problema é que o enfermeiro que acha que docência é vocação, e que acha que não tem essa vocação, pode pensar que não tem a possibilidade de atuar na docência. Isso pode impedir excelentes profissionais que, se bem instruídos, poderiam ser excelentes professores, de pensarem na docência como uma possibilidade de atuação profissional na enfermagem, afinal habilidades podem ser desenvolvidas.

    A docência em enfermagem não é vocação. Exige habilidades específicas na área de enfermagem, mas também habilidades pedagógicas, além de habilidades de comunicação e liderança.

    Em suma, docência como vocação é um mito! Se você quer ensinar, não importa pensar que tem ou que não tem vocação, precisa mesmo é desenvolver ou aprimorar habilidades específicas da enfermagem e habilidades pedagógicas. Precisa atualizar seus conhecimentos sobre tecnologias, práticas clínicas e ter a mentalidade de desenvolvimento profissional contínuo.

    Enfermeiros que desejem tornar-se docentes devem se preparar adequadamente para garantir uma boa postura pedagógica, para que assim possam contribuir com a formação de profissionais aptos para enfrentar os desafios da profissão em todos os âmbitos.

    Segunda razão: O enfermeiro é professor de profissão!

    Que o enfermeiro é educador é indiscutível! Afinal, é responsabilidade do profissional de enfermagem, além de cuidar, ensinar os clientes, seus familiares, comunidades a cuidarem de si, dos seus entes queridos, do seu próximo.

    Leia também:

    Mas, essa dimensão educativa não está associada apenas a essa educação de clientes, famílias e comunidades. Ela contempla também a formação profissional. Essa formação tem várias maneiras de acontecer, a saber:

    • Formação de nível médio: o enfermeiro ensina na formação técnica em enfermagem;
    • Formação superior: o enfermeiro ensina na graduação de enfermagem e/ou em áreas afins;
    • Formação em pós-graduações: o enfermeiro ensina em especializações, mestrados e doutorados, a depender do nível de formação que tenha, na área de enfermagem e/ou em áreas afins;
    • Formação no âmbito dos serviços de saúde: o enfermeiro atua na educação continuada, permanente e em serviço; em treinamentos e capacitações oferecidos por instituições de saúde ou ensino.

    É importante saber da dimensão que tem a prática da docência na enfermagem e para a formação de profissionais desta categoria. Muitas pessoas, sejam profissionais ou até mesmo a nossa comunidade, não veem a docência como uma atribuição do profissional de enfermagem. 

    Que o enfermeiro é educador é indiscutível! Afinal, é responsabilidade do profissional de enfermagem, além de cuidar, ensinar os clientes, seus familiares, comunidades a cuidarem de si, dos seus entes queridos, do seu próximo.

    Mas, essa dimensão educativa não está associada apenas a essa educação de clientes, famílias e comunidades. Ela contempla também a formação profissional. Essa formação tem várias maneiras de acontecer, a saber:

    • Formação de nível médio: o enfermeiro ensina na formação técnica em enfermagem;
    • Formação superior: o enfermeiro ensina na graduação de enfermagem e/ou em áreas afins;
    • Formação em pós-graduações: o enfermeiro ensina em especializações, mestrados e doutorados, a depender do nível de formação que tenha, na área de enfermagem e/ou em áreas afins;
    • Formação no âmbito dos serviços de saúde: o enfermeiro atua na educação continuada, permanente e em serviço; em treinamentos e capacitações oferecidos por instituições de saúde ou ensino.

    É importante saber da dimensão que tem a prática da docência na enfermagem e para a formação de profissionais desta categoria. Muitas pessoas, sejam profissionais ou até mesmo a nossa comunidade, não veem a docência como uma atribuição do profissional de enfermagem. 

    Por ser professora exclusivamente e não atuar na assistência já ouvi frases do tipo: “ah, então você não é mais enfermeira, só é professora!” Isso porque na mentalidade da maioria das pessoas se sobressai a dimensão assistencial da enfermagem. É como se a assistência fosse o único âmbito de trabalho de um enfermeiro. Como se “lugar de enfermeiro fosse no hospital e no posto de saúde”.

    Você também pensa assim?

    Se sim, é hora de mudar o seu pensamento quanto à docência na enfermagem. Pense bem: quem é o profissional mais habilitado para ensinar a profissão de enfermagem? 

    Óbvio que é o enfermeiro.

    O ENFERMEIRO É PROFESSOR DE PROFISSÃO!

    Resumindo, a docência não é só um complemento de salário, uma ação temporária enquanto “surge algo melhor na assistência”. Não! É uma atribuição do profissional de enfermagem, assim como é ser um enfermeiro intensivista, obstetra, etc. 

    Enquanto enfermeiro você pode dedicar a sua carreira profissional a formar outros profissionais. Essa é a função primordial de um docente em enfermagem: formar as futuras gerações de profissionais.

    Logo iniciais vinho com fundo

    Profissão Docente

    Copyright©, Aldrina Cândido. 

    Enfermeira e Professora de Enfermagem desde o ano 2000, no ensino técnico, superior e pós-graduações, especialista em Formação Pedagógica, Mestre em Gerontologia Social, Doutoranda em Ciências da Educação.

    Publicado 12 de Abril de 2023.

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