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8 passos para elaboração de um Plano de Aula

Aprenda elaborar planos de aula em 8 passos.

Conteúdos deste artigo
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    Quais são os tipos de planejamentos?

    O planejamento pode ser classificado considerando vários aspectos, dos quais irei mencionar dois: o modelo pedagógico adotado e o tempo envolvido.

    A princípio, comentaremos sobre o planejamento considerando o tempo envolvido. Em outro momento falaremos dos modelos pedagógicos, já que necessitam um maior aprofundamento teórico e, neste artigo quero me ater a falar do planejamento de aula.

    Quanto ao tempo envolvido teremos planejamentos:

    • Anuais: contemplam aprendizagens que se deve obter em 1 ano. Geralmente, é dividido em unidades didáticas que devem ser coerentes entre si.
    • Semestrais: contemplam aprendizagens que se deve obter em 6 meses. Também é dividido em unidades didáticas que devem ser coerentes entre si.
    • Por unidade: são mais breves e podem ser direcionados pela carga horária ou pelo tempo que o docente crer ser necessário para alcançar determinados objetivos de aprendizagem.
    • Por aula: são mais específicos e correspondem à descrição detalhada de como será cada uma das aulas.

    A elaboração de um plano anual, quadrimestral ou semestral deve ser a primeira atividade no planejamento da prática docente e, para isso, deve-se considerar a finalidade do componente curricular que será ensinado e adequação deste ao plano geral do curso ou ao projeto político-pedagógico do curso.⁣

    O planejamento é etapa importante da prática docente e exige a mobilização de saberes pedagógicos.⁣ Estes saberes serão necessários na hora de definir cada um dos elementos do plano, como: os conteúdos, os objetivos, a metodologia e as formas avaliativas.⁣

    Em alguns contextos, se aplica a utilização do termo Plano de Ensino para referir-se aos planejamentos anuais, semestrais e por unidade, diferenciando-os do Plano de Aula.

    Diferença entre Plano de Aula e Plano de Ensino.

    Comecemos diferenciando o Plano de Aula do Plano de Ensino. O Plano de Ensino, como anteriormente mencionado, é aquele planejamento mais geral, que se refere a um trimestre, quadrimestre, semestre ou ano. Este plano é mais abrangente. É nele que deve constar todos os objetivos de aprendizagem da disciplina ou componente curricular, os conteúdos pré-selecionados para os períodos, a metodologia que se pretende utilizar, os recursos que serão necessários e as referências básicas e complementares.

    Já o Plano de Aula é a estruturação, parecida com o Plano de Ensino, porque também possui os itens objetivos, metodologias, recursos e referências, só que para um conteúdo ou uma aula apenas, ou seja, você constrói um Plano de Ensino para um período maior e os conteúdos selecionados você distribui em um cronograma definindo cada aula, e para cada uma delas você prepara um plano. Este é o Plano de Aula.

    Benefícios de elaborar Plano de Aula.

    É comum no ensino superior vermos um enfoque maior na construção do Plano de Ensino, enquanto que os Planos de Aula são deixados em segundo plano ou feitos de maneira bem simplória. No entanto, este instrumento é indispensável para o cotidiano docente, pois traz vários benefícios para a prática pedagógica.

    O primeiro deles é facilitar a prática pedagógica. Esta facilidade se dá porque, a partir do planejamento os objetivos são definidos e assim, docentes e alunos têm claro onde se quer chegar. E aí identificamos um segundo benefício: os objetivos irão guiar a prática docente em todo o tempo, até mesmo nos processos avaliativos. Quando se tem objetivos claros há como se traçar parâmetros claros para avaliação.

    Além disso, o planejamento permite delimitar uma metodologia, com ela o caminho é mais facilmente e precisamente percorrido. Aí está outro benefício.

    Aspectos a se considerar ao elaborar um Plano de Aula.

    Ao elaborar um Plano de Aula os docentes precisam ter em mente que o planejamento não é algo para engessar a prática pedagógica. Ele é flexível, pode ser (re)criado, é modificável, portanto, pode ser adequado às necessidades que vão sendo observadas ao longo do caminhar pedagógico.

    Algo que também ocorre muito, principalmente no ensino superior, é a realização do planejamento de forma muito antecipada. Às vezes, o docente organiza tudo antes mesmo de conhecer a turma e sua realidade. Mas, muitos aspectos devem ser considerados ao planejar: as condições estruturais, institucionais, pessoais dos docentes e alunos, dentre outros. O mais prejudicado com o planejamento antecipado é o aluno, no geral, o que não tem voz, a depender das concepções de ensino-aprendizagem adotadas pelos docentes.

    Além destes, ressalto dois aspectos a serem considerados ao elaborar um Plano de Aula:

    1. realize seu Plano de Ensino de modo antecipado, mas faça os seus Planos de Aula após conhecer a turma, após o contato com os estudantes;

    2. ouça os seus alunos para este planejamento. Nada melhor que o acordo para que todos se sintam estimulados e até compelidos a cumprir as atividades propostas. Quando eles constroem junto com o docente, sentem-se participantes e diminuem as reclamações e conflitos por conta das atividades.

    Não deixe de fazer o Plano de Aula, mesmo que a sua instituição não exija a entrega, mesmo que não tenha um formulário estruturado, você pode seguir os itens constantes no plano e fazer seu planejamento.

    8 passos para elaborar um Plano de Aula.

    O planejamento deve se basear sempre no modelo pedagógico adotado. Se este modelo for mais tradicional, a tendência é que o planejamento seja feito exclusivamente pelo professor, não considerando as necessidades dos estudantes. O ideal é planejar dentro de uma perspectiva mais inovadora e partir sempre daquilo que os estudantes necessitam para que a aprendizagem seja significativa.

    Conteúdo relacionado: Quer saber como incluir os alunos no planejamento? Assista o vídeo clicando aqui.

    No post abaixo você encontra um checklist com um passo a passo para elaboração de um Plano de Aula. São eles:

    1. Conhecer a necessidades dos estudantes: para isso, elabore uma atividade diagnóstica que poderá, inclusive, servir de parâmetro posteriormente, para a avaliação da aprendizagem;
    2. Defina os objetivos de aprendizagem: eles são o norte para todas as ações, desde a escolha da metodologia, das técnicas de ensino, dos recursos pedagógicos até à avaliação. 
    3.  Defina as competências a serem desenvolvidas;

    4. Selecione os conteúdos: esta é uma etapa importante para o qual você deve considerar os objetivos traçados e as competências a serem desenvolvidas;

    5. Elabore atividade de aprendizagem: são as atividades que serão executadas pelos estudantes, com o direcionamento do professor, e que promoverão o desenvolvimento das competências pré-definidas, levando-os à aprendizagem. Considere o estilo de aprendizagem dos estudantes no momento de elaborar as atividades. 

    6. Escolha os recursos e materiais: de que você precisa para realizar as atividades e atingir os objetivos propostos? Pense nisso e selecione tudo que é preciso.

    7. Distribua as atividades em um cronograma: o tempo é um fator importante, pois as atividades necessitarão de tempo hábil para sua execução. Considere o ritmo de aprendizagem dos estudantes ao definir os tempos de execução das atividades.

    8. Tenha bem claro os critérios e as formas de avaliação: não é só dizer que fará um teste, uma prova… não! É preciso que a avaliação seja compatível com o método de trabalho utilizado e que se tenha bem claro quais são os critérios de avaliação. Inclusive, os estudantes devem saber em que e como serão avaliados.

    5 dicas para elaboração de um Plano de Aula.

    Os aspectos mencionados acima são mais técnicos, digamos assim. Outros aspectos ainda podem e devem ser observados ao elaborar um Plano de Aula.

    • Escolha o que é mais importante ser abordado em um conteúdo: no momento de definir o conteúdo, muitas vezes, achamos que tudo é importante e que tudo tem que estar presente. No entanto, precisamos entender que a sobrecarga de conteúdo é um dos fatores que impede a aprendizagem. Portanto, defina o que é essencial, o que é prioridade. É melhor um conteúdo menor e uma aprendizagem mais efetiva do que muito conteúdo e que inviabiliza a aprendizagem.
    • Busque maneiras mais estimulantes de abordar o conteúdo: este aspecto faz toda a diferença na hora de promover o engajamento do estudante com o conteúdo que está sendo ensinado e também de favorecer a aprendizagem. Esta recomendação vale tanto para as aulas quanto para as atividades a serem desenvolvidas.
    • Assegure-se quanto à ordem de apresentação do conteúdo, a didática que será empregada e distribuição de tempo. Do tempo já mencionei acima, não irei repetir, mas quanto à apresentação do conteúdo e à didática, é essencial que sejam muito bem planejadas com uma ordem lógica e que facilite a compreensão.
    • Reserve um tempo para perguntas e discussão: esse é o momento em que você pode engajar melhor o estudante permitindo-o questionar, esclarecer dúvidas e discutir com os demais colegas, o que favorece a aprendizagem colaborativa.
    • Conte experiências dando a ela um sentido didático: não é simplesmente contar uma história, não é apenas ilustrar, mas é incluir as experiências, os casos reais de uma maneira didática, gerando engajamento e aprendizagem.

    Qual destas dicas você já coloca em prática no seu planejamento docente?

    Como citar este artigo

    CANDIDO, Aldrina da Silva Confessor. Sobre planejamento de aula. Blog de Educação Enfermagem com Aldri. 2021. Disponível em: https://profissaodocente.aldrinacandido.com/planejamento-de-aula/

    Logo iniciais vinho com fundo

    Profissão Docente

    Copyright©, Aldrina Cândido. 

    Enfermeira e Professora de Enfermagem desde o ano 2000, no ensino técnico, superior e pós-graduações, especialista em Formação Pedagógica, Mestre em Gerontologia Social, Doutoranda em Ciências da Educação.

    Publicado 01 de Fevereiro de 2021.

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